sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Deus, amor e ex-boazinhas

Estou lendo “A Cabana”, de William P. Young e essa leitura está me fazendo refletir sobre algumas coisas. Uma delas tem a ver com o tema central do livro: o amor de Deus. Essa força que ninguém vê, a qual eu costumo traduzir como vida, simplesmente.

O fato é que o livro me conquistou. Talvez porque não fale de religiões e de regras a serem seguidas. Fala de viver o presente, reconhecer o passado como parte da sua história e de não tentar prever ou querer antecipar o futuro. E essa é minha máxima: é no presente que a vida acontece.

Outra das minhas reflexões diz respeito à necessidade que o ser humano tem de ser apreciado pelo aquilo que é ou que faz. Como se só tivéssemos valor pelo que fazemos, pelo que possuímos, ou pelos os títulos e conquistas que acumulamos. Esquecemos que a verdadeira apreciação dá-se pelo simples fato de existirmos. Estamos aqui e há uma razão para isso: viver!

Isso tudo também me levou a pensar no amor. Primeiro no amor de Deus pela humanidade, que no livro é colocado como uma apreciação sincera, que não se altera pelo que o ser humano faz ou deixa de fazer. Depois, no amor que nós, os mortais, costumamos sentir, ou dizer sentir. Então me dei conta das vezes que enumeramos razões para amar as pessoas, como se fosse necessário justificar o amor que sentimos. Esquecemos que amor é um sentimento despretensioso. Não precisa haver um motivo que anteceda ao amor. Simplesmente ama-se.

À primeira vista, para um leitor desavisado, essa postagem pode causar estranhamento: o que um texto que fala de Deus, apreciação e amor está fazendo num blog intitulado ex-boazinhas? Então eu respondo: tudo a ver. Lembrem-se, as boazinhas estão sempre preocupadas em agradar, porque consideram que somente desse modo serão apreciadas. Ao fazerem isso, se esquecem delas próprias e deixam de ser protagonistas de suas histórias. Por isso essa postagem está aqui. É mais um lembrete para aquelas que também cansaram de ser boazinhas!



Ps.: Renato, Lorena, obrigada pelo presente. Como vocês podem perceber, adorei o livro. bjs

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Outra vez...

Assisti um capítulo da novela das oito hoje. Acho que escolhi o pior dia. Caramba, que choradeira! E agora estou aqui com a sensação que desperdicei meu tempo. Não adianta, isso sempre acontece! E acaba sempre com uma dor de cabeça. Por isso, desisti de TV há tempos. A dor de cabeça deve ser de culpa.

Mas minha passagem por aqui é porque, de novo, meu blog foi acusado de relatar o quanto sou carente. Não vou negar. Tenho uma habilidade incomum de ficar longe das pessoas que gosto. Isso começou faz muito tempo. Para ser sincera, eu não me lembro da primeira vez, só sei por que me contaram. Eu era bebê e minha mãe me deixou com minha avó durante um mês inteiro. Só sei que quando ela voltou, eu a rejeitei. Vai ver é isso... me acostumei a sentir falta... fico repetindo esse padrão até hoje e todo mundo fica me chamando de carente (cruzes, papinho de quem faz análise).

Como diz uma de minhas amigas: “Se quiserem guardar um segredo, não contem à Adriana”. É natural, não faço por querer... quando me dou conta, já falei demais. O que esperar então dos meus próprios segredos?

Durante um curso desses quaisquer, ao final de 12 longas semanas, os participantes tinham que destacar qualidades uns dos outros. Adivinha quais foram minhas qualidades mais recorrentes? Sinceridade e transparência. Vixi. Estou ferrada nesse mundo de aparências. Acho que preciso rever meus princípios e começar a representar mais.

Mas, quer saber. Nada disso. Sou assim e ponto. Escrevo o que tenho dentro de mim. Se é coisa boa, compartilho. Se é ruim e me deixa triste, também. Lê quem quer. E opinião, cada um tem a sua. Então, está tudo certo.

Beijos a todos e desculpem a ausência nesses longos dias que antecederam 5 de setembro.